Inside cloud

Débito tecnológico é armadilha imperceptível para empresas

Ao redigir esse texto, pensei em como discorrer da forma mais clara possível o que eu vejo com frequência nas empresas e o que caracteriza o débito tecnológico

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Nos últimos anos vimos o termo transformação digital ser tema de matérias nos principais veículos de comunicação e pauta de reuniões em várias empresas do país. De acordo com pesquisa (2019) da Panorama Search, rede de consultoria global, entre os países da América Latina, o Brasil é o que mais está atrasado no que concerne à transição digital. O estudo apontou que no México, Colômbia e Argentina o assunto já ocupa a pauta dos executivos há seis anos, enquanto no Brasil começou a ganhar notoriedade há três. O fato é que, atrasado ou não, nesse momento, as empresas estão se movimentando rumo a transformação digital e caindo em uma armadilha perigosíssima que eu chamo de débito tecnológico.

Ao redigir esse texto, pensei em como discorrer da forma mais clara possível o que eu vejo com frequência nas empresas e o que caracteriza o débito tecnológico.

Vou começar fazendo uma analogia ao nosso salário. Quando não é feito o bom uso do salário e gasta-se tudo que foi ganho no mês, as pessoas recorrem ao cheque especial, na sequência cartão de crédito, crédito rotativo e assim sucessivamente. Até, então, há ilusão de que tudo está sob controle, porque no próximo mês haverá o novo salário e tudo será resolvido. Quando a ficha cai, o salário já não é mais suficiente, já não há mais cheque especial e nem crédito no cartão e as dificuldades ficam evidentes. No contexto de débito tecnológico, a experiência é a mesma.

Quando uma empresa decide adotar a transformação digital, a primeira decisão é fazer a aquisição de tecnologias que prometem soluções mágicas. Começa, então, o período de compras de ativos digitais com a aquisição de hardwares, softwares, troca de servidores e assim sucessivamente.

Na prática, essas aquisições realizadas sem uma arquitetura planejada que considere as peculiaridades das empresas não vai levá-las a lugar algum ou pode até levá-las, mas será à falência. Se eu compro o sistema da empresa A, na sequência compro o da empresa B e tenho um sistema antigo da empresa C, eu já estou fazendo um investimento duvidoso por estar adquirindo uma solução não integrada. Isso, possivelmente demandará retrabalho no futuro, ou seja, em algum momento eu terei que revisitar esse projeto por já estimar dificuldades de adequação com novos sistemas.  

A percepção disso será “ainda falta algo para a transformação digital, preciso adquirir mais tecnologias”.  E aí começam os investimentos em TI sem inteligência nenhuma e simultaneamente o retrabalho para revisitar, para reconstruir sistemas antigos ao tentar adequá-los aos atuais processos. Paralelamente, vem a falsa sensação de que é necessário gastar mais e mais em busca de um avanço digital que, nesse ritmo, será inalcançável. É esse cenário que caracteriza o débito tecnológico.

E aí vem uma pergunta. Como melhoramos digitalmente o nosso fluxo de trabalho de uma forma consistente e que realmente permita avançar e quebrar a inércia?

O primeiro passo é, antes de pensarmos fora da caixa, vamos olhar para dentro da caixa e enxergar os processos que são morosos e obsoletos para substituí-los por soluções funcionais e integradas. Felizmente, a tecnologia no Brasil está avançada na entrega de soluções assertivas que integram Inteligência Artificial, Machine Learning, Workflow, Chatbot, e toda essa série de inovações que são cruciais para que as empresas tenham força e competitividade.  Por isso, rever processos legados e buscar soluções integradas, por exemplo, que consigam automatizar envios de e–mail, eliminar atividades repetitivas e manuais que atuem com automação, tarefas com a Inteligência Artificial e estejam conectados com todos os departamentos da companhia é a melhor alternativa.

Um exemplo prático que demonstra o quanto a automatização e velocidade refletem na produtividade de um negócio é o de uma companhia aérea dos EUA, que possibilita que os funcionários que são parte de uma tripulação de um voo possam registrar problemas facilmente usando seus smartphones, para agilizar o processo de manutenção quando o avião chegar ao seu destino. Essa companhia utiliza uma plataforma inteligente de fluxo de trabalho que possui integração com todas as áreas da empresa, processos simplificados, modalidade SaaS e é em nuvem, ou seja, todas as características para uma transformação digital eficiente. Ao receber a informação de que um assento esteja danificado, a comissária de bordo aciona a equipe de manutenção, “falando com o seu smartphone”, que já se coloca em prontidão para aguardar o pouso do avião e em minutos, poder reparar o assento defeituoso sem que isso gere atrasos desnecessários para a companhia.   Isso é transformação digital eficaz, que melhora o desempenho operacional e promove a satisfação de clientes

Então, se o seu desafio de negócio é aumentar receita, diminuir custos, aumentar produtividade e expandir a operação, busque soluções integradas e em nuvem para dinamizar fluxos de trabalho. Exija provas de conceito que realmente comprovem a eficácia dessa tecnologia e opte por soluções apoiadas a entidades confiáveis que fazem análise de soluções, como o Gartner, Forrester e outros renomados do setor de TI.

Infelizmente, ainda existe muita desconfiança de modelos que são 100% em nuvem e já trazem códigos de programação e sistemas automatizados. Muitas vezes, as empresas relutam e preferem ter o controle da operação e do dado debaixo do próprio telhado. A nuvem chegou para assumir isso com provedores altamente seguros e assim permitir que as empresas se dediquem integralmente ao core business do negócio.

Para que isso aconteça em massa, fica aqui o meu apelo para que decisores atuem como fiscais de soluções que tenham qualidade, confiabilidade, sejam integradas e resultem em força competitiva. Esses profissionais devem, realmente, exercer o papel de protagonistas da transformação digital e ser defensores de investimentos que não vão acarretar em débito tecnológico para as companhias.


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